sábado, 4 de junho de 2016

Uma Boa Foda!


Grandes palavras, palavrões.
Não há quem não os diga
Ainda que só a si mesmo
A linguagem tida como suja é realidade, ela existe.
Não se fala nela, mas ela é falada.
Foda: o contexto define seu sentido.
Termo que em seu conceito mais antigo restringia-se à significância do ato sexual.
"Uma boa foda!"
Para além do sexo, contemporaneamente,  há opções de escolha do valor etimológico de "foda" que acordam-se com o contexto.
Pejorativo ou elogioso, esse signo léxico oferece uma gama de significados.
A palavra foda é foda.

Cai, Cai, Caê (P/ Caetano Pessoa Passos)

Cai tanto que a cada queda caminham no espaço outros Passos
E segue com traços de quem sabe mais do que sabia antes de ceder ao tombo
Pois o tanto que cai, e que não cai de tonto, é o tanto que levantando brilha audaz
Pra seguir (agora) andando
Mas sabendo
Que cairá tantas vezes mais.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

(Re)Velando

Por Kiko Pessoa

Não espere do amor o que do amor se espera
Ama!
Não ame como amam os Homens
Não queira amar
Ame sem poder, sem sentir, sem querer
Não queira só amar
Ame com amor
Com a figura que traz esse amor
Que leva, que lhe leva
E nele mesmo se vai
Mas o que me dissera outrora
Fitando-me com estes mesmos olhos
Lascivos com os quais me fita agora
Que Amor arraigado no ardor de uma cama
Não lança raízes no ínterim
Em que começa o humor e termina o drama
O qual nos punge com dor
Pelo que já fizera anteriormente
Alcunhando de amor
O escarnecer que de fato ascende

segunda-feira, 2 de março de 2009

Verdades Idealizadas

Por Henrique Grabalos 

Das verdades idealizadas, o amor e a morte se confrontam. Competem o mesmo espaço o qual é terminado por ações de seres, no caso, pessoas! A verdade de cada ser, a verdade de cada ação, de cada pessoa, interfere na relação entre amor e morte, entre bom e ruim, entre mais e menos. Mas o que é verdade? Talvez possa ser algo que chegue mais perto da razão, ou então, algo que queremos acreditar, que idealizamos; ou ainda, tudo aquilo que ansiamos para nossa alma...A perfeição, a plenitude são verdades, mas nem sempre chegam perto da razão, portanto, podem não existir. Pelo medo posso concluir que fechamos os olhos e ‘’tememos’’ para o que não sabemos, para o futuro próximo; por isso, as vezes, os acontecimentos rolam soltos. O sonho é outro, outro que idealizamos, e que ao mesmo tempo nos frustramos por ser bom e ruim, fazer rir e chorar. Ao obter por pensamento um sonho, pode-se concluir que idealizou-se. Logo, se idealizou. Chegou-se, de certa forma, a uma verdade. A partir daí, tenta-se chegar à perfeição; plenitude a qual às vezes acaba em um único princípio: cadê? Onde foi parar tudo aquilo, todas as palavras, todo o amor? Isso somente ocorre com a ação de um fator natural: o tempo. Só ele nos mostra. Atrever-se a sentir em prazer absoluto, desligado da energia do mundo: prazer, ponto de extremo relaxe, sexo talvez, drogas, no entanto é mais uma das colunas psicológicas da vida e podem ser substituídas por um... sorvete por exemplo. Basta saber controlar nossa entrada de endorfinas e analisar que isso é normal, e é bom pra nós. As feridas profundas as quais pensamos que não serão fechadas, são comprimidas pelo finito sonho, paixão, amor... Chame de que você quiser! O tempo nos mostra que elas estão mais fechadas, mas restam cicatrizes, as quais doem. Vida, Amor, Amar, Sofrer; grandezas que competem, confrontam-se e completam-se. Os corpos se envolvem, necessitam de algo para envolver-se, desejo corre solto e nos cedemos ao prazer, em que sumimos do mundo, e, ao voltar-mos, até a afeição muda. Há tudo? Há sim. Tudo que queremos que exista, existe. Do nosso modo, talvez, mas existe. Tudo que ansiamos para nossa alma, tudo que interpretamos ‘‘bom’’ e ‘‘mau” existe sim. Basta chamar, querer, que conseguiremos. Nossa maturidade cresce e evolui com o nosso fator tempo, sem saber que conseguiremos melhorar e conciliar o prazer com a razão. Temos que viver, fazer tudo, aproveitar, pois a vida não é um destino e sim uma jornada; jornada a qual iremos aprender de tudo, sofrer, ficar cheio de cicatrizes, mas melhor as cicatrizes do que a impressão de não ter passado por aqui. O silêncio nos julga, nos fala, escutamos com ele, e quando nos pomos a falar, entramos em contradição com nós mesmos, como se estivéssemos em frente a um espelho. A indecisão pode nos dominar, mas dominemos esse domínio com o poder do domínio da razão, ou da loucura. Você decide! No entanto, cada um possui sua razão, e a loucura também Os princípios de razão e loucura você adquiriu em sua infância e adolescência, pois, tanto num, quanto noutro caminho, quem decide é você, Quem joga é você. A Razão estará mais perto das opiniões alheias, a loucura, da tua e de outras opiniões. A verdade é individual, cada um tem uma, só que às vezes elas se coincidem, como por exemplo, a cor branca ser branco, entretanto cada um desenvolve um conceito de verdade e, portanto, ela é individual. “Cada cabeça, uma sentença”. O amor e a morte se confrontam, são obstruídos por ações, no entanto se completam; se completam lentamente, como duas retas no mesmo plano, longitudinais ou latitudinais e com uma distância entre elas, lentamente se aproximam tendendo ao infinito. A partir daí, cabe a nós aproximá-las, distanciá-las, vivê-las. A vida é um jogo: tudo, nada, ler o ilegível, ver o invisível, conciliar o inconciliável. Depende de você. A natureza faz a parte dela: amanhece, entardece, os animais evoluem Permanecem os melhor adaptados. O mundo tem um ciclo, pressupõem-se estar em equilíbrio, e está, portanto, no equilíbrio adquirido com as influências dos homens. Cabe a nós, jogar, viver, fazer nossa parte.



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Aos Senhores

Por Ricardo Ribeiro


Em primeiro lugar, gostaria de dizer que, moralmente, não tenho nenhum apreço pelas leis institucionais; mas não sou incauto a ponto de perder essas linhas tentando persuadi-los quanto às maravilhas de uma sociedade de pessoas iguais – mesmo porque muitos já escreveram, cantaram discursaram e protestaram. Esse apelo é endereçado aos senhores que são encarregados de trabalhar com as leis, e a favor delas.
Comecemos então de baixo pra cima, ou melhor, de dentro pra fora. Há muito nosso sistema educacional está decadente. Apesar dos números institucionais mostrando evoluções, são as aberrações que assistimos nos telejornais o principal indicador dessa decadência. Quantas vezes ouvimos casos de agressões a professores por parte dos alunos? Eu que sai há pouco tempo da sala de aula sou testemunha dessas agressões – não físicas. Os alunos estão se perguntando: quem é esse pra me ensinar? Professor não é mais a fonte da moral e da educação das crianças. O professor perdeu seu espaço de educador para a mídia.
Por conseqüência, o que temos, por efeito-dominó, é a falência de instituições como presídios, polícias e das leis. Tudo em favor de uma nova ordem em que a liberdade é confundida com libertinagem irracional e autodestrutiva. Uma nova ordem em que as pessoas são transformadas em uma massa de compradores compulsivos e insensíveis. E não estou falando apenas de nosso amado país, Brasil. O que me deixa realmente consternado é que essa ordem é mundial – me atrevo a dizer que seja um vírus disseminado pela globalização.
Falando em mundo, estamos frente a mais uma crise financeira. Ouço rumores de desemprego em larga escala, empresas de tradição falindo, medidas que não funcionam, calotes, números negativos, e por aí vai... O caos econômico está instaurado e batendo na porta de mansoes mundo a fora. Ouso até especular que a crise é um fator que causou as guerras no Oriente Médio durante o governo Bush, ou, mais atual ainda, o conflito entre Israel e Palestina – afinal o que foi feito com os brinquedinhos da Guerra Fria?
Especulações à parte, o mundo está mesmo estranho. E ao que parece, não estou chegando a lugar nenhum. Bem, eu vejo essa crise toda com certo ar de otimismo. Creio que alguns dividem esse sentimento comigo. Essa crise talvez atinja o capitalismo tão profundamente, a ponto de derrubar a hegemonia dos “países do norte”. E nós, países em desenvolvimento poderemos ou cair junto, ou abrir caminhos para uma nova ordem econômica mundial. Pra isso devemos, em primeiro lugar, cortar as relações de dependência submissa com o capitalismo antigo. Carros de luxo, celulares de última geração, tecnologia inútil, enfim, produtos exageradamente supérfluos, que ao invés de garantirem um conforto sustentável, cavam ainda mais as diferenças sociais. A África precisa de comida, não de computadores rápidos. Países populosos como Índia e China, que expandem sua economia a toque de caixa precisam alimentar seus trabalhadores, precisam de casas, de medicamento, de educação.
Estou apelando, senhores, para um mundo mais humano. Um mundo que não perde tempo com futilidades ou gastos de energia inúteis. Não há sentido em se gastar milhões para lançar um foguete que vai matar pessoas, ao invés de gastar com qualidade de vida. Não há sentido na propaganda de uma cultura consumista para pessoas que nem o que comer têm.
Por isso, meus senhores, vamos arrumar nossa casa. “Uma coisa puxa a outra” é minha opinião – e de um grande poeta também. Quão desvalorizado e decapitados estão nossos educadores! Eles não merecem o salário de fome que recebem, só porque não fazem nada caro para ser pago com dinheiro. Não merecem insultos e agressões físicas, só porque tentam cumprir com a função de educar nossas crianças. Não merecem ser considerados inúteis. Precisam de preparo, suporte, reconhecimento. São a base para esse novo futuro. Assim sendo, além de profissionais mais bem preparados, teremos mais seres humanos preocupados com suas condições sociais, menos presidiários, menos crimes, menos policia, menos violência – quem sabe, sonho eu, um dia não precisemos de leis. Uma educação que crie subsídios para a construção de seres individuais; não massas, não ambições egoístas. Uma educação para um mundo em que nos aproximemos uns aos outros, um mundo de comunicação, descoberta e respeito dos seres individuais e plurais que somos.
Com afeto,

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Uma Boa Dose De Espera

Crônica Por Kiko Pessoa

Não há dúvidas de que a Internet é um dos maiores avanços tecnológicos dentro da esfera da comunicação já alcançados pelo homem.
Hoje, pela rede mundial de computadores, realizam-se tarefas que vão desde uma simples consulta a trabalhos escolares, até grandes transações bancárias que envolvem inimagináveis quantias. E como grande parte dos brasileiros, eu sou um adepto da Internet e não consigo me imaginar sem o acesso a ela. Além de facilitar meu trabalho, uso-a a fim de entretenimento e aproveito para conhecer pessoas que jamais teria a casual oportunidade.
Dia desses, marquei um encontro com uma moça que conheci num site desses de relacionamentos.  Descreveu-se da seguinte maneira: morena,  olhos castanhos claros, cabelos longos e repleto de cachos.  A Internet tem também as suas desvantagens. Não se tem garantias da veracidade do que é dito por quem está do outro lado. Pois diante da suposta beleza, resolvi correr o risco. Marcamos um encontro num café que habitualmente frequento, cujo bolinho de bacalhau parece vir direto de terras lusitanas. Escolhi esse lugar por que segundo o que dizem por aí, nesses casos o local de encontro deve ser movimentado, para que não haja riscos, afinal, nunca se sabe com quem realmente se está lidando. Combinamos às dezenove horas Costumo chegar sempre quinze minutos mais cedo para tomar um aperitivo que me serve como calmante. Pois tomei logo dois de início, que era pra aquecer as cordas vocais.
Por ser ali um lugar que costumava ir, passaram por mim vários conhecidos, inclusive os funcionários da lanchonete, que me foram super atenciosos. O Bar, que era pequeno, parecia gigante perante minha ansiedade.

Pensei já ter passado meia hora quando olhei pr'um relógio de parede pendurado próximo ao balcão, mas ainda era cedo. Faltavam ainda cinco minutos para as dezenove. Achei melhor tomar mais um aperitivo como garantia. A cada volta que o ponteiro maior insistia em dar na circunferência das horas, aumentava em cem vezes minha ansiedade. Ora, tinha a  imaginação a mil por hora!
Passaram-se os cinco minutos. Depois destes mais cinco e mais cinco e mais dez... Talvez quinze e eu mal notara.
Caído em mim, já passava de nove da noite. Cada minuto veio acompanhando consideráveis doses d’uma boa cachacinha, que como eu disse anteriormente, era só pra espantar a ansiedade.
Pois no frigir dos ovos, a ansiedade impediu-me de conhecer a citada internauta. Com tanta cachaça na cabeça, a moça deve ter passado despercebida;
Ao mesmo tempo em que eu a esperava, ela, na mesa ao lado,  possivelmente me esperava também.
Bom, pelo menos durante aqueles minutos intermináveis tive uma boa companheira.
E essa nunca me abandona.

O Grande Ditador




O filme “O grande Ditador”, De Chaplin, expõem abertamente opiniões políticas sobre a segunda guerra mundial, no qual a idéia principal é a ridicularizarão de Hitler e seus seguidores. Cenas como a que, ao percorrer as ruas em um carro descoberto, as estátuas também explicitam suas convicções, fazendo uma exposição articulada de obediência à Hitler, como a saudação imposta por ele, é um sutil exemplo disso.
Chaplin, que vive um barbeiro judeu, ao ouvir um discurso do poderoso ditador no radio, impõe-se, tomando atitudes contra o nazismo.
Há duas cenas que chamam atenção no filme. A primeira, em que mundo é tratado como uma bola facilmente controlável demonstra uma realidade atual. Ainda hoje, o modismo atua fortemente sobre a humanidade. Esta cena passa a ser uma motivação para a maneira de olhar e ver a capacidade de um só homem dominar o mundo. A segunda cena que merece destaque, permeia ansiedade e tensão típicas de um período de guerra, na qual o totalitarismos e seus líderes são atacados por um discurso feito pelo barbeiro judeu.
Chaplin consegue satirizar um tema preocupante da época, misturando sensações e sentimentos opostos, ou seja, a tristeza que a guerra proporciona, e a alegria contagiante de Chaplin.

Oh! Ah! TV.


Por Ricardo Ribeiro


A TV vende carne que açougue não compra.

Gente bonita e bem informada

Compram sua alma por quase nada.

Você chega do trabalho e morre...

A novela te faz rir e chorar- feche os olhos, você não tem sorte -

Um baseado de capitalismo pra você trabalhar

Aprenda a cozinhar a comida que não tem.Roupa cara, loiras e também.Uma dose de alienação.

Te faz bem!!!

Uma piada sem graça faz uma zorraTotal falta de vida em você.Desde que sua revolta morraE você deixe de Ser.

OH TV TÃO BELA!

QUEM VIVE SEM SUA NOVELA?

FORA VOCÊ, O QUE?

Uma vela?

Que me apago, apegado na sua tela.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ex-Tal Terrestre

Eu vim de longe,
Viajando pela luz
Voando no infinito, o destino me conduz

Não quero saber,
Nem precisa me falar
Eu só vim pra assistir ao seu mundo desabar

Então eu eu quero ver
Depois que o ar acabar,
Como você vai fazer quando pensar em respirar

Olhando lá de cima,
Do espaço sideral
Eu tinha a impressão
De que aqui tudo é normal

Mas pensando bem,
Eu vou ficar por lá
E vou tomar meu chá
Na superfície Lunar...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Quando o Sapato Aperta, A Gente Tira?

Por Gab Abrão
Eu não acreditava que era o certo a fazer... ele apertou, apertou, apertou até que, ontem, escapuliu do pé. Tá, já tava machucando taaaanto que não vou mentir se disser que senti certo alívio. Claro que também existe a dor por perder algo que se gostava... Eu tinha tantos planos praquele sapato... Mas parece que não dá. Fazer o que? O dia que um sapato se adaptar bem ao dia-a-dia, ficar com ele.Não vou mentir que não dói. Mas, pensemos por um lado... Quando você quer comprar algo caro e está sem dinheiro, você não parcela? Depois, por diversas vezes, até se arrepende pelo parcelamento, por achar que pagou caro demais... Então, pague a vista. Mas só quando tiver certeza do que está fazendo. Pode até ficar sem dinheiro por algum tempo, mas vai ser melhor que desembolsar uma quantia por um longo período.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Dúvida Cardiovascular



Como é que se vive bem sem precisar amar alguém?
Como é que se tem o alguém do qual se vive a gostar?
Como é que se gosta da vida que tem
Quando quem a gente tem
Não é o alguém com quem queria estar?










domingo, 28 de setembro de 2008

Wanessa Gobbo disse:

Canção Excêntrica

Ando à procura de espaçopara o desenho da vida.
Em números me embaraçoe perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,em vez de abrir um compasso,
Protejo-me num abraçoe gero uma despedida.
Se volto sobre meu passo, é distância perdida.
Meu coração, coisa de aço,
Começa a achar um cansaçoesta procura de espaçopara o desenho da vida.
Já por exausta e descridanão me animo a um breve traço:
- saudosa do que não faço,
- do que faço, arrependida.
Cecília Meireles

sábado, 27 de setembro de 2008

Um Certo Zé Alguém

( Larissa de Almeida)

As pessoas que sabem receber e demonstrar afeto são extremamente despercebidas de seu poder sedutor. Ou não!?

É sempre à noite que me proponho a escutar impulsos de emoções bem sentidas com desprezo de parte alheia que não se interessa, não se emenda em meio a qualquer coisa que se esplandeça.



Na busca de algo mais sólido em meus olhos do músculo que pulsa, sem alguma projeção de felicidade, falo mesmo o que penso. Desculpe-me se não digo o que sinto, isso já seria demais. Aprendi pela vida contada em histórias, até um pouco trágicas, que não devo desmascarar-me assim sem que antes o outro se abra. Não é egoísmo, é defesa.




Afinal de contas, quem sou eu para querer que você, andante de calçadas asfaltadas por medo e fugas, entre copos e cigarros me queira?
Não tenho nada demais que não possa me falar coisas loucas dentro da alma que me tateia a pela grossa, seca, amanhecida fortemente em dores melomaníacas de querer um mundo melhor, assim, para todos nós.

Abaporú

Manifesto Antropófago
Por Kiko Pessoa
........
Quebra de paradigmas, de valores conservadores, de esteriótipos, de opiniões preconcebidas e difundidas entre os elementos de uma coletividade. E sobretudo: Não Coma Carne Humana!!

Poesia Psicografada

(Kiko Pessoa)

Deu-me vontade de gritar e exalar, pelo som, a dor dessa ferida que por lacunas entre ponteiros decidi manter em carne viva, a fim de conservar histórias Remoídas que por ilusão afagavam minh'alma através de recordação de vida ja vivida.
Deparo-me, então, com obsoleta sensação de trevas. Não são trevas, são Dúvidas.
Duas ou três dúvidas que me sondam a mente e me escurecem os pensamentos.
Ferimento ja não existe.
A dor não existe.
Lembranças... ainda as tenho.
São elas então, as lembranças, as sombras que tanto preocuparam-me.
São elas então, as sombras, ainda que sem dor, a razão de ter contido tamanhos gritos de horror.
São Os motivos que tenho tido.

Perigo Iminete!


Pra quem não sabe, o mundo está acabando...

Há Esperança?
Contratempo


Caminhando contra o tempo, procurando explicação; Perguntas sem respostas tocam meu coração; Eu ouço coisas e vejo cenas que me mostram a razão; Pessoas mentirosas sem amor nem compaixão;
Olhando ao redor, me vejo em confusão; O seu ato é o que me traz inspiração; Sinto isso como um vício que corrói o meu pulmão; A cura vem da alma, do amor e do perdão....
Há esperança?
A esperança está aqui, está no seu olhar quando você sorri...
Sua alegria me trouxe o sol e a luz do dia em coisas que eu nem via;
O Arco-íris eu posso enxergar,e há algo além que eu tenho que buscar...

Mas é além da vida!
Kiko Pessoa

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Lêr É Fazer Amor Com As Palavras

Por Kiko Pessoa

É Isso Denise.. Obrigado pela contribuição!
Acertou na seleção do texto. Disse que não estava inspirada a escrever, mas a escolha do texto também requer certa inspiração. Se formos pensar bem, falávamos exatamente sobre o que esse texto diz.. Ler não se aplica simplesmente ao fato de passar os olhos sobre uma determinada escritura. Ler vai além disso. Uma questão que hoje é muito discutida nas instituições de ensino é justamente a leitura crítica. Ela se faz necessária desde um folheto que se tem acesso na rua, até o livro que lemos do começo ao fim. No caso dos textos poéticos, essa leitura crítica é praticada pela alma. Cabe ao leitor colocar em prática seus conhecimentos armazenados  e esforçar-se a ler pelas entrelinhas, indo além daquilo que está no papel. Ler o ilegível, pensar o impensável, imaginar o inimaginável...
No texto de Augusto Cury, além da questão crítica da leitura, o autor nos propõe a pensar, através de metalinguagem, sobre o uso, na vida pessoal, daquilo que se lê. O contexto muda conforme a situação que vive o leitor naquele momento. Ao Ler um livro ou texto, poético ou não, o leitor transfere aquela situação que transmite o texto para a sua própria vivência. Ao ler o mesmo texto do qual obteve determinada opinião num primeiro momento, tempos depois, o leitor, por estar passando por novas situações, tira do que leu novo aprendizado.
“O homem não se banha no mesmo rio duas vezes. Pois nem ele nem o rio são os mesmos"


Enviado por Denise Lopes

A maior aventura de um ser humano é viajar,
E a maior viagem que alguém pode empreender
É para dentro de si mesmo.
E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro,
Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas
E descobrir o que as palavras não disseram...
[Augusto Cury]

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A Gélida Beleza

Por Luana Mollinar
Modelos, atrizes, poses, flashes.
A maquiagem borrada nunca é vista, os pés calejados não existem, as mãos frias tentam se esquentar no estúdio gelado.
O furinho do meu queixo eu preciso tapar. As sardinhas? Tenho que deletar.
No olhar triste e vazio eu passo um corretivo, na boca pálida e seca tem lápis de cor, a cute cansada e cheia de suores é apagada com o "photoshop", nas maçãs há apenas a carcaça toda devorada, o sorriso já não é um sorriso, são grades das quais nada se pode sair.
Essência, perfumes, saliva...
Essas ficam bem ali, no cantinho escuro, espumando para serem expelidas a qualquer momento.
A garganta, com sede, grita para que alguém a ouça, mas não adianta.
Eles só ouvem a voz do capitalismo faminto e excêntrico repetindo a mesma coisa sempre: beleza, beleza, beleza!!!
Ufa! Acabou! Meus poros suados não vêem a hora de respirar, minha boca de encontrar outra, e minhas mãos de se esquentarem segurando as suas no fim da noite.



Kiko Pessoa disse...
Pra quem não conhece, essa escritora chama-se Luana Mollinar. Adoro Lê-la!!

sábado, 6 de setembro de 2008

Wanessa Gobbo Disse:

Abismo Olho o Tejo, e de tal arte Que me esquece olhar olhando,
E súbito isto me bate
De encontro ao devaneando — O que é sério, e correr?
O que é está-lo eu a ver? Sinto de repente pouco,
Vácuo, o momento, o lugar.
Tudo de repente é oco — Mesmo o meu estar a pensar.
Tudo — eu e o mundo em redor — Fica mais que exterior.
Perde tudo o ser, ficar,
E do pensar se me some.
Fico sem poder ligar Ser, idéia, alma de nome
A mim, à terra e aos céus...E súbito encontro Deus.

Fernando Pessoa